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Encontravam-se em 1948, tinha 23 anos quando o conheceu, precisaram apenas de 3 anos de namoro para descobrirem que queriam criar os dois, uma família e serem felizes para sempre.
Casaram com 26 anos, naquele tempo era considerada uma idade tardia para tal facto, mas nada os impediu, amavam-se e queriam passar o resto da vida juntos.
Eles amaram-se realmente.
Ele nunca usou levantar-lhe a mão, nunca a tratou mal psicologicamente ou fisicamente. Naquele tempo (e neste) poderiam ser considerados um casal perfeito, com os seus desalentos e aquelas zangas de pouca dura.
Tiveram 3 filhas, lindas, elas cresceram e construíram as suas próprias famílias e eles sentiram-se orgulhosos (e mais felizes ainda)
Contudo, ele faleceu e ela sentiu-se (sente-se) inútil, foram eles que criaram tudo o que tinham – particularmente o amor. Para ela a vida já não tem sentido, já não se preocupa com ela própria, não tem motivos para isso.
Mas ainda sabe amar, foi algo que aprendeu com ele e nunca irá esquecer.
Este mundo já lhe deu o que tinha a dar de bom, agora dará apenas segundos de alegria, pois quando pensar nele, essa alegria transforma-se em saudade, que se junta com a dor e sufoca-a, deixando cair as lágrimas que comprovam todo o amor que viveu.

(Quando ele estava para morrer (e eu sabia-o) cheguei perto do ouvido dele e sussurrei: “ Este mundo já não me pertence. Eu é que pertenço a este mundo ” e beijei-o com toda a ternura que ele me deu)

Esta história ainda não acabou, continua e vai crescendo: Para sempre